quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Efeitos de um acaso

É nesta valsa da vida que segue o baile dos distraídos, e as oportunidades, enfim, ganham autonomia. Seja na troca de um olhar com um estranho no trajeto para o trabalho; num sorriso cativante para uma pessoa idosa no calçadão; naquele e-mail, sem motivos, para uma pessoa especial, perguntando se está tudo bem e que sente a falta dela, ou mesmo através de um simplório 'bom dia' naquela Segunda-Feira morna, que percebemos o quanto precisamos ser mais gentis uns com os outros. Não falo em exigência de reciprocidade - até porque cada um transmite o que permite - mas sim, do fluir das ocasiões, da compassiva plenitude das experiências vividas, mesmo que, mais adiante, algumas delas te levem a reflexões complexas. O que importa? Se não houvesse emoção, que lições captaríamos para darmos continuidade à coreografia? É assim que ela vai se encaixando, através da sensibilidade do cuidado e da valorização àqueles que te querem bem. Deixa os passos da dança se concretizarem; encena, com toda a intensidade, a vibração do que há de mais esplêndido na tua essência, e lembra-te de que o espetáculo só termina quando as luzes se apagam, e o que resta é apenas a lembrança de uma grande estrela! Brilha! Torna-te inesquecível!



sábado, 25 de junho de 2016

Desatando nós

E cá, com pensamentos em transição, deparo-me com a dúvida do que realmente o universo quer me proporcionar, desviando-me do abismo que me atrai para a mais aterrorizante profundidade e, em contra-partida, me lançando a desafios que nem eu mesma sei se sou corajosa ou capaz de mergulhar.
Nesse compasso, eu ousaria dizer que a maior aflição esteja no fato de não conseguir descobrir os teus anseios e resgatar esse ser que se oculta em surtos de introspecção. O que te prende? O que te esconde a vontade de voltar a ver brilho nos pequenos detalhes? Juro, na minha duvidosa lucidez, que o meu maior desejo, no momento, é te decifrar. Por hoje, me basta!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Face a face

O ser humano todos os dias nos mostra faces que até então desconhecíamos nos momentos em que as servimos em algum aspecto. Porém, quando afirmamos que a amizade é uma troca, não significa que precisamos obrigatoriamente estar a mercê de alguém, manipuladamente, isso inclui aprendermos a dizer não. Quando utilizamos essa partícula negativa, parece que o mundo inteiro conspira contra, nos tornamos "vilões" e perdemos o respeito de algumas pessoas que assumem papéis secundários na história e até então lhe tinha o maior carinho, pois a elas são preferidas palavras que nos incumbem a essa função. Porém, eu sempre aprendi que, para ser amigo, você não precisa viver colado, saber de todos os passos, que um simples afastamento até pode fortalecer a amizade, uma vez que tudo em excesso cansa, desgasta, maltrata, definha. Isso também vale para os diversos sentimentos do mundo: tudo em demasia é prejudicial! 

Quando é verdadeiro, não há espaço para inveja, para o falso querer bem, para denigrir a imagem do outro, para encher o coração de ódio por orgulho de reconhecer que falhou e precisa pedir desculpas. Quando é verdadeiro, nos colocamos no lugar do outro e percebemos que há prioridades e há momentos, tudo no seu devido lugar, sem exageros.

Pensemos, então, nos efeitos das palavras ditas, cujas consequências podem ser irreversíveis, e a intenção do sentimento também. Se não for verdadeiro, não valerá a pena permanecer e aprendamos a impor limites.


sábado, 27 de julho de 2013

Embriaguez da Dor

A dor é mesmo um sentimento bastante interessante, pois está atrelada a diversos fatores que também causam um efeito semelhante. É a quebra de confiança, é a sensação de vazio, é saber que algo teve valor apenas quando se fez necessário – em um momento oportuno, quem sabe -, enfim, é o querer um feedback positivo, sem ofensas, sem mágoas, e receber tudo ao contrário. A dor, sobretudo, é amar sem limites, mesmo sabendo que o limite é necessário. É se conformar com o inaceitável. É tentar ir além do que se pode sentir. A dor não é tão desesperadora, pois a sua finalidade é essencial para a busca de soluções cabíveis e coerentes para a situação em que ela está atribuída. A dor é necessária, às vezes, pois só com ela as lições são acolhidas e refletidas.

Aprendi que o que vale a pena fica, pois tem o seu espaço cativado e o que não, que pena, é só mais uma página virada ou arrancada, dependendo da gravidade, e que o afastamento é necessário. A vida continua, as trajetórias se modificam ao longo do tempo, e a dor alivia, assim como a saudade. Minha essência, graças a Deus, define bem o que sou.  Aprendi a me doar, a ser digna e a cativar os que me cercam, sem esperar um retorno, pois cada um sabe o gosto doce e o amargo que possui.

Afinal, quem é perfeito mesmo?!? 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vazio

    A ti dedico o amor mais puro, suave, amor este que nunca vira antes. Amor com com cheiro adocicado, colorido, munido das mais belas emoções, dos mais sublimes sentimentos. Ah, amor... sentimento amargo, que traz o mel da pureza, da felicidade e do carinho, e também causa dor, discórdia e mágoas. O que eu faço neste momento, quando me deito e ainda sinto o teu cheiro? Nas manhãs de um Domingo chuvoso, com quem compartilharei o primeiro bom dia? E, durante a semana, com quem passarei horas no telefone, sem lembrar que existe vida lá fora, também? Quem vai me tirar do chão, arrancar os meus melhores sorrisos e me fazer sentir a mulher mais amada nesse mundo intrigante?  

   Quando a saudade apertar, lembrarei de todos os momentos bons, de todas as conversas, das brigas, das reconciliações, e do principal: que tudo valeu a pena. Agora seguimos, em caminhos distintos, à procura da nossa paz interior, nunca esquecendo de que pessoas passam por nossas vidas e podem ficar na memória, mas os sentimentos mais prazerosos permanecem e se intensificam.




E. Carneiro

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Contrastes

   Desde o momento que comecei a me amar, percebi o quanto me despi de conceitos que, até então, me fortaleciam, e que de certa forma me transferiam para um universo paralelo e mágico, momentos que me guiavam para uma fuga ao mundo real, este que eu me recusava a enxergar. Firmeza, essa era a sensação que me fazia enfrentar os meus medos e sarava as minhas angústias com os meus conflitos diários. Solidão? Jamais. De repente, sentia um vazio, uma lacuna a ser preenchida com gestos de simplicidade e compaixão, uma vontade de gritar, porque chorar já não me confortava mais. O que me faltava? Talvez descobrir e trilhar o meu caminho em busca de uma felicidade plena, vencendo o medo do tempo que, para muitos, é o remédio mais eficaz. Que insegurança é essa que me tirava do chão, e me tornava tão indecisa com relação ao que eu realmente queria? Não dava mais, chegava ao topo do limite. Encontrei a minha cura onde menos esperava, e hoje volto a viver. Definitivamente, resolvi me devolver a minha paz.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Divina Comédia da realidade humana

E o que fazer quando os simples prazeres da vida se tornam as mais complexas vivências?
Trabalho árduo, família, amigos, sensações, produtividade, esperança, felicidade, promoção, delírios, ansiedade, estudos, saídas, amores...


É...
Viver não é nada fácil, hein?


Que tal dar um sabor especial a esse tempero chamado rotina, que tanto faz estar sem gosto ou extremamente apetitoso? O segredo é simples: Ser você mesmo, independentemente das influências que o leva a 'entrar em transe' em alguns momentos, das angústias que o levam a regredir a ponto de se isolar.


Vamos combinar uma coisa? Sempre que você, leitor querido, estiver triste, lembre-se de que o sorriso é a arma mais poderosa para vencer qualquer desafio e que, sem ele, o dia não tem nenhuma graça.